Friday, December 22, 2006

I know my mind is made up - III

Isto não é segredo para ninguém. Quem me conhece, e quem por aqui anda, já reparou que eu sou mesmo fã do Stewart Copeland!
A sério!! Fanática completa!!! Isto nem sempre foi assim, mas lately a coisa piorou.
Devaneios à parte, e, porque a conversa é mesmo séria, no tempo em que os Police apareceram, eu era ainda miúda da escola primária. O primeiro concerto foi em 1977 algures numa arena qualquer deste planeta.
Anos depois, e por influências próprias da idade, os amigos são sempre as nossas melhores referências, escutar Police tornou-se obrigatório. Nessa altura só reparava em mr. Gordon Sumner, o Sting. Charmoso, uma voz de enlouquecer, uma presença fantástica em palco e fora dele. Dos outros dois só retinha a maneira frenética como o Stewart estava na bateria. O Andy sempre foi muito apagado.

Não havia festa na disco lá da terra sem a Roxanne ou a Message in a Bottle, a meu pedido obviamente. Lembro-me de insistir com o Blinds (a propósito alguém sabe onde ele anda?) para não deixar acabar a noite sem aquelas músicas. Desta forma, Police e Sting eram uma e única coisa. Primeiro erro.

Segundo erro. Continuar a acreditar que aquele senhor, que carregava o próprio material dos espectáculos no início de carreira, continuaria a ser assim, um homem simples. Já noutra altura, quando a defesa da floresta amazónica estava na voga, fiquei estupefacta com umas declarações. Aqui começa o desencantamento.

Terceiro erro. Que ao fim de tantos anos e depois de continuar a cantar as músicas dos Police, mr. Sumner considerasse uma possível reunião da banda como algo normal. Não, desenganei-me completamente.
Por alguma razão nunca me penalizei com o facto de não o ter visto em Alvalade ou no Rock em Rio. Isto é, nunca fiquei com pena, ou nem me importei muito com isso tipo de oportunidade. Agora entendo porquê….

E aqui entra o Stew. Curiosidade à parte de saber o que andava a fazer nos últimos tempos a situação agravou-se com o lançamento do fantástico dvd “Everyone Stares”, imagens fantásticas que ele guardou durante anos em cassetes super 8.
Óbvio, fã como era tinha que o ter lá na prateleira dos obrigatórios.

Entende-se tudo, de fio a pavio. Principalmente o a vontade de mr. Sumner em estar só, em não partilhar os arranjos musicais com o resto da banda. Isto foi uma descoberta terrível para mim.
Depois Andy com o livro One train later. E a lançar a ideia de um reencontro da banda, que no próximo ano comemora 30 anos. Isso mesmo. 30
Era um sonho voltar a ver aqueles três malucos on stage...

Pelo menos isto era um sinal que a tal possibilidade existia. Stewart estava de acordo e Andy também a decisão só dependia de mr. Gordon Sumner. Aqui começa a confusão: mas porque razão esta reencontro era tão doloroso para Sumner? Ele ainda canta os velhos sucessos dos Police. Ok! O Stewart diz que as músicas são dele, mas para mim as músicas são dos Police, não importa quem assinou as letras, faz parte de outro registo. E os registos musicais são diferentes.

Nos últimos dias dei de caras na webpage da revista britânica Uncut http://www.uncut.co.uk/music/the_police/interviews/9139 com uma entrevista de Stew, e às páginas tantas ele apenas diz que Sting é um jogador de ténis e ele e Andy jogadores de futebol. E isto deixa-me petrificada. Que egocentrismo mr Sumner! Por sua culpa milhares de fãs dos Police em todo o mundo vão deixar de aplaudi-los mais uma vez. E não venha cá dizer que o Stewart toca rápido de mais ou o Andy se engana sempre no refrão…Nunca mais compro nada seu, lamento que o seu egoísmo narcisista não contribua um pouco mais para a história da música e depois não venha dizer que o cenário actual não lhe interessa e assim justifica o interesse por um poeta desconhecido.

Ao Stewart só posso dizer que o admiro imenso não só pelo seu percurso musical fantástico, e que infelizmente não é muito conhecido por cá, mas principalmente como ser humano. Se o querem conhecer um pouco melhor visitem a página dele e deliciem-se com as Dinner Tales.

http://www.stewartcopeland.net/

1 comment:

Anonymous said...

e está dito!
Roxanne you do´n't need to put on the red light!!!!!