Thursday, December 28, 2006

Paris, Texas (1984) - Opening sequence

longe estou do lugar
onde nasci
errância
perdida no deserto
da esperança que ficou
além do mar
sempre aqui
com as mãos de areia
e o sol na face
corro na linha
que parte de algures
encontrar-te ei
no olhar
que ficou preso
entre segundos
de um tempo que não conta
não anda
apenas fica
como tu ficaste
aqui algures

Breathe

Breathe, breathe in the air
Dont be afraid to care
Leave but dont leave me
Look around and chose your own ground
For long you live and high you fly
And smiles youll give and tears youll cry
And all you touch and all you seeI
s all your life will ever be
Pink Floyd

Wednesday, December 27, 2006

Kings of Pain?


I just find myself reading another Police stuff, i still don't believe about it. Who wrote this? Why this kind of feelings? You were a band, a great one, i don't care about the hits or the pressure to have one, i really love your music. Please don't give us another picture of your split i just care for your music, its above everything. who cares about it? what broken silences are you mr. Gordon Sumner affraid of? I just need to say that :
"Modesty , propriet can lead to notoriety you could end up as the only one gentleness, sobriety are rare in this society At night a candle's brighter than the sun"
Did you remember this mr. Gordon Sumner?
I think Stewart and Andy are rare in this society

http://www.sting.com/news/interview.php_________________

Mary

Friday, December 22, 2006

I know my mind is made up - III

Isto não é segredo para ninguém. Quem me conhece, e quem por aqui anda, já reparou que eu sou mesmo fã do Stewart Copeland!
A sério!! Fanática completa!!! Isto nem sempre foi assim, mas lately a coisa piorou.
Devaneios à parte, e, porque a conversa é mesmo séria, no tempo em que os Police apareceram, eu era ainda miúda da escola primária. O primeiro concerto foi em 1977 algures numa arena qualquer deste planeta.
Anos depois, e por influências próprias da idade, os amigos são sempre as nossas melhores referências, escutar Police tornou-se obrigatório. Nessa altura só reparava em mr. Gordon Sumner, o Sting. Charmoso, uma voz de enlouquecer, uma presença fantástica em palco e fora dele. Dos outros dois só retinha a maneira frenética como o Stewart estava na bateria. O Andy sempre foi muito apagado.

Não havia festa na disco lá da terra sem a Roxanne ou a Message in a Bottle, a meu pedido obviamente. Lembro-me de insistir com o Blinds (a propósito alguém sabe onde ele anda?) para não deixar acabar a noite sem aquelas músicas. Desta forma, Police e Sting eram uma e única coisa. Primeiro erro.

Segundo erro. Continuar a acreditar que aquele senhor, que carregava o próprio material dos espectáculos no início de carreira, continuaria a ser assim, um homem simples. Já noutra altura, quando a defesa da floresta amazónica estava na voga, fiquei estupefacta com umas declarações. Aqui começa o desencantamento.

Terceiro erro. Que ao fim de tantos anos e depois de continuar a cantar as músicas dos Police, mr. Sumner considerasse uma possível reunião da banda como algo normal. Não, desenganei-me completamente.
Por alguma razão nunca me penalizei com o facto de não o ter visto em Alvalade ou no Rock em Rio. Isto é, nunca fiquei com pena, ou nem me importei muito com isso tipo de oportunidade. Agora entendo porquê….

E aqui entra o Stew. Curiosidade à parte de saber o que andava a fazer nos últimos tempos a situação agravou-se com o lançamento do fantástico dvd “Everyone Stares”, imagens fantásticas que ele guardou durante anos em cassetes super 8.
Óbvio, fã como era tinha que o ter lá na prateleira dos obrigatórios.

Entende-se tudo, de fio a pavio. Principalmente o a vontade de mr. Sumner em estar só, em não partilhar os arranjos musicais com o resto da banda. Isto foi uma descoberta terrível para mim.
Depois Andy com o livro One train later. E a lançar a ideia de um reencontro da banda, que no próximo ano comemora 30 anos. Isso mesmo. 30
Era um sonho voltar a ver aqueles três malucos on stage...

Pelo menos isto era um sinal que a tal possibilidade existia. Stewart estava de acordo e Andy também a decisão só dependia de mr. Gordon Sumner. Aqui começa a confusão: mas porque razão esta reencontro era tão doloroso para Sumner? Ele ainda canta os velhos sucessos dos Police. Ok! O Stewart diz que as músicas são dele, mas para mim as músicas são dos Police, não importa quem assinou as letras, faz parte de outro registo. E os registos musicais são diferentes.

Nos últimos dias dei de caras na webpage da revista britânica Uncut http://www.uncut.co.uk/music/the_police/interviews/9139 com uma entrevista de Stew, e às páginas tantas ele apenas diz que Sting é um jogador de ténis e ele e Andy jogadores de futebol. E isto deixa-me petrificada. Que egocentrismo mr Sumner! Por sua culpa milhares de fãs dos Police em todo o mundo vão deixar de aplaudi-los mais uma vez. E não venha cá dizer que o Stewart toca rápido de mais ou o Andy se engana sempre no refrão…Nunca mais compro nada seu, lamento que o seu egoísmo narcisista não contribua um pouco mais para a história da música e depois não venha dizer que o cenário actual não lhe interessa e assim justifica o interesse por um poeta desconhecido.

Ao Stewart só posso dizer que o admiro imenso não só pelo seu percurso musical fantástico, e que infelizmente não é muito conhecido por cá, mas principalmente como ser humano. Se o querem conhecer um pouco melhor visitem a página dele e deliciem-se com as Dinner Tales.

http://www.stewartcopeland.net/

Wednesday, December 20, 2006

1º desejo para 2007

Queres que te acorde? Para falarmos um pouco por aqui?


ou I know my mind is made up - parte II

Desperta-me de noite

Desperta-me de noite
o teu desejo
na vaga dos teus dedos
com que vergas
o sono em que me deito

É rede a tua língua
em sua teia
é vício as palavras
com que falas

A trégua
a entrega
o disfarce

E lembras os meus ombros
docemente
na dobra do lençol que desfazes

Desperta-me de noite
com o teu corpo
tiras-me do sono
onde resvalo

E eu pouco a pouco
vou repelindo a noite
e tu dentro de mim
vai descobrindo vales.
Maria Tereza Horta

I know my mind is made up

Roxanne, you don't have to put on the red light
Those days are over
You don't have to sell your body to the night
Roxanne, you don't have to wear that dress tonight
Walk the streets for money
You don't care if it's wrong or if it's right
Roxanne, you don't have to put on the red light
Roxanne, you don't have to put on the red light
Put on the red light, put on the red light
Put on the red light, put on the red light
Put on the red light, ohI loved you since I knew ya
I wouldn't talk down to ya
I have to tell you just how I feelI won't share you with another boy
I know my mind is made up
So put away your make up
Told you once I won't tell you again it's a bad wayRoxanne,
you don't have to put on the red light
Roxanne, you don't have to put on the red light
You don't have to put on the red light
Put on the red light, put on the red light
Persegue-me a letra
a voz
e
Stew.
Sempre
ontem lá estava
à minha espera
my mind is made up darling

Monday, December 18, 2006

´Message in a bottle´ classic

keep dreaming with you...

Thursday, December 14, 2006

Cedo ou tarde

Cedo ou tarde
Devias saber que é sempre tarde que se nasce,
que é sempre cedo que se morre.
E devias saber também que a nenhuma árvore
é lícito escolher o ramo onde as aves
fazem ninho e as flores procriam.
Albano Martins

Tuesday, December 12, 2006

O que fica

O que fica de nós para além de nós?
-Não sei, diz ele
-Realmente não sei.
-Fica o que dei.
Sim. Fica e fica muito mais do que a certeza da morte, da morte entre as árvores, acima da terra, entre as nuvens de um ar rarefeito. Fica o sonho concretizado de uma viagem austral. De gatos brincalhões num pátio de uma residencial qualquer num fim do mundo perdido entre estradas e caminhos remotos.
Ficam os dias de sorrisos abertos, de cabelos ondulados penteados com os dedos. Ficam as tardes de sol, os livros na mesa, o café, o maço de cigarros partilhado.
Ficam palavras. Gestos. Outra vez os sorrisos. Ficam os desenhos e os poemas que davas, assim, -Pega: é teu, faz dele o que quiseres.
Não me morreste. Vives. Continuas viva em mim e em todos. Continuo a encontrar-te dentro de mim. Em nós.
E o escritor lá vai dizendo , não sei, fica o que dei.
E tu, deste tanto e não sabiamos que o fazias.