costumava pensar em ti
sempre. todos os dias da minha vida
celebrava o teu aniversário todos os anos
no mesmo dia
à mesma hora
em cima de um barco
a atravessar o tejo madrugada adentro
nunca mais me saíste da pele
és a tatuagem que nunca fiz
a borboleta a dois palmos do joelho
foste o meu sorriso preferido das manhãs de setembro
e nunca mais esqueço aquela janela
nem das escadas para a praça
nem o cheiro do teu corpo
nem os teus cabelos encaracolados
e nem quero falar nos teus olhos
pois são esses olhos que eu procuro
em todos os outros que conheci depois de ti
ainda me lembro dos teus dedos entrelaçados nos meus
ainda lembro o que passou
porque será que nunca te esqueci?
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